25/06/2025 às 21h02 - Atualizado em 23/07/2025 às 18h15

O Marco Zero no Buraco do Tatu de Brasília

COMPARTILHAR

No coração do Plano Piloto de Brasília, sob a Rodoviária, encontra-se o Marco Zero da cidade. Este ponto marca o cruzamento dos eixos Rodoviário e Monumental, definidos por Lúcio Costa no plano urbanístico da capital. Em 20 de abril de 1957, o engenheiro e topógrafo Joffre Mozart Parada cravou ali a Estaca Zero, estabelecendo a referência para a construção da cidade.

 

Joffre Mozart Parada. Acervo do MuDER

 

Durante décadas, o Marco Zero permaneceu oculto sob o pavimento do Buraco do Tatu, passagem subterrânea que conecta os eixos Norte e Sul. Em julho de 2024, durante obras de restauração, operários redescobriram a estaca original. A descoberta foi confirmada por técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), com base em documentos do Arquivo Público do DF.

 

Há algumas versões para a origem do nome “Buraco do Tatu”. Uma delas sugere que o nome surgiu devido à semelhança da passagem subterrânea com os túneis escavados por tatus, animais típicos do Cerrado. Outra versão, relatada pelo jornalista Jarbas Silva Marques, testemunha da construção de Brasília, indica que o nome se deve a um buraco feito por um tatu em um monte de terra no local onde hoje é a Rodoviária do Plano Piloto.

 

A redescoberta do Marco Zero resgata a memória da construção de Brasília e destaca a importância histórica do local. Mais do que um simples marco geográfico, ele simboliza o coração da cidade e a materialização do projeto visionário que deu vida à nova capital do país.

 

 

 

Marco Zero de Brasília, após escavações. 

Arquivo Público do Distrito Federal. Fundo Novacap.