Governo do Distrito Federal
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21/07/25 às 11h13 - Atualizado em 22/07/25 às 16h39

Implantação do BRT Sul

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Obras do BRT Sul. Foto: Acacio Pinheiro. Agência Brasília.

 

Na virada dos anos 2000 para os 2010, o Distrito Federal vivenciou um crescimento acelerado nas Regiões Administrativas do eixo sul — como Gama, Santa Maria, Park Way, Núcleo Bandeirante e Guará — além do Entorno Sul de Brasília, incluindo cidades como Valparaíso, Céu Azul, Pedregal, Novo Gama, Cidade Ocidental e Luziânia. Como reflexo desse processo, os deslocamentos pendulares diários em direção ao Plano Piloto aumentaram expressivamente, pressionando a infraestrutura viária e o sistema de transporte coletivo.

 

A Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA Sul / DF-003) já operava no limite, e os ônibus convencionais não ofereciam respostas rápidas nem confortáveis à nova demanda. Diante disso, e alinhado à Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal nº 12.587/2012), o DF passou a estruturar seu sistema de transporte com metas claras: reduzir o uso do automóvel, integrar modais (ônibus, metrô, VLT, bicicletas), tornar o transporte coletivo mais eficiente e encurtar os tempos de viagem das regiões periféricas até o Plano Piloto.

 

Concepção do projeto

 

Surge, então, o projeto do BRT Sul, um sistema de transporte público de alta capacidade, baseado no modelo Bus Rapid Transit (BRT). Previsto no Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), o sistema foi concebido com ônibus articulados operando em corredores exclusivos, estações modernas de embarque e integração com terminais urbanos e intermunicipais. A proposta era ambiciosa: atender com prioridade o eixo sul, conectando núcleos urbanos e oferecendo um transporte mais ágil, confortável e integrado, com capacidade para cerca de 220 mil usuários por dia.

 

Trajeto e estrutura

 

O trecho básico do BRT Sul conta com 34,8 km de vias exclusivas e 7 km de trechos compartilhados, conectando Santa Maria, Gama, Park Way e o Plano Piloto, com ramificações projetadas para alcançar o aeroporto e a Rodoviária do Plano Piloto. O traçado foi dividido em sete subtrechos, abrangendo desde os terminais em Santa Maria e Gama até a Asa Sul, passando por pontos estratégicos como o Viaduto do Catetinho, a Estação Park Way e o ParkShopping.

 

As obras começaram em 2012, com inauguração parcial em 2014 e continuidade nos anos seguintes, incluindo a expansão de estações e melhorias na integração modal. A infraestrutura foi desenhada para garantir fluidez e acessibilidade: corredores centrais exclusivos, estações com embarque em nível e pagamento antecipado, viadutos e túneis estratégicos (como no Catetinho e Park Way), além de terminais modernos nos pontos de origem e destino.

 

Integração modal

 

O BRT Sul foi idealizado como um tronco estruturante do sistema de transporte do DF. No Terminal da Asa Sul, conecta-se ao Metrô-DF; nos terminais do Gama e de Santa Maria, articula-se com linhas alimentadoras urbanas e intermunicipais. Também foram previstos bicicletários e estacionamentos de integração (park-and-ride), favorecendo o uso combinado de modos de transporte.

 

Resultados e impactos

 

Os resultados foram expressivos: o tempo de viagem entre Gama/Santa Maria e o Plano Piloto caiu de cerca de 90 para 40 minutos. O conforto aumentou, com ônibus climatizados e maior regularidade, e o sistema passou a atrair mais usuários, reduzindo a dependência do carro. A integração com o metrô e as linhas alimentadoras também se fortaleceu, consolidando o papel do BRT como eixo estruturante da mobilidade regional.

 

Papel estratégico no planejamento urbano

 

O BRT Sul consolidou-se como um marco na modernização da mobilidade do Distrito Federal. Além de aumentar a eficiência do transporte coletivo e melhorar a qualidade de vida da população usuária, tornou-se modelo para os demais corredores previstos nos Planos Diretores de Transporte Urbano. Atualmente, ele integra o Sistema de Corredores Prioritários de Transporte, ao lado de iniciativas como o BRT Norte, BRT Sudoeste e o Eixo Oeste (EPTG/DF-085), já parcialmente operante como corredor exclusivo.

 

Assim, o BRT Sul firmou-se como pilar da mobilidade no DF, estruturando os deslocamentos radiais e servindo de referência para a expansão de um sistema de transporte coletivo moderno, acessível e integrado.

Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal - Governo do Distrito Federal

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