Viaduto Ayrton Senna. 24_09_1994. Foto_ Renato Araújo. Arquivo Público do Distrito Federal. Fundo Secretaria de Comunicação Social

Contexto da construção

A construção do Viaduto Ayrton Senna, em Brasília, representou uma obra emblemática, não apenas por sua importância urbanística e funcional, mas também pelo forte simbolismo associado ao nome que lhe foi atribuído. Inaugurado em 1994, o viaduto ocupa um ponto estratégico da malha rodoviária do Distrito Federal: o cruzamento entre a DF-095 (Estrada Parque Ceilândia – EPCL) e a DF-003 (Estrada Parque Indústria e Abastecimento – EPIA), região que, à época, apresentava altos índices de acidentes e recorrentes congestionamentos.

Ao longo da década de 1990, o crescimento acelerado do fluxo de veículos em Brasília agravou a saturação das principais vias de circulação, sendo aquele trecho, em particular, um dos mais críticos. O local havia se consolidado como um gargalo viário que comprometia tanto a fluidez do tráfego quanto a segurança dos usuários, sobretudo nos horários de pico. Diante desse cenário, o Governo do Distrito Federal, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), iniciou o planejamento e a execução da obra com objetivos claros: reduzir os congestionamentos e otimizar a circulação naquele ponto de interseção entre duas das vias mais movimentadas da cidade; eliminar os conflitos diretos entre os fluxos vertical e horizontal, ao separar o tráfego das rodovias EPCL e EPIA; e reforçar a infraestrutura urbana com uma solução moderna, segura e de longa durabilidade.

Características técnicas

O projeto adotou soluções avançadas de engenharia para a época, incluindo uma estrutura curva em caixão perdido, múltiplas faixas de rolamento e um passeio para pedestres. A obra também melhorou o acesso ao centro da cidade e ao corredor logístico da EPIA, essencial para o transporte entre as regiões Norte e Sul do país.

Homenagem a Ayrton Senna

A escolha do nome foi uma homenagem ao tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna, falecido no mesmo ano da inauguração. Mais do que um tributo esportivo, o nome carrega valores de superação, responsabilidade e espírito de equipe, além de se consolidar como um ícone da identidade urbana de Brasília. O nome foi oficializado por decreto do Governo do Distrito Federal, passando a integrar tanto a infraestrutura quanto o patrimônio simbólico da cidade.

Construção do Viaduto Renato Russo

A construção do Viaduto Renato Russo, inaugurado em 2007, representou uma intervenção estratégica para a mobilidade urbana de Brasília, sobretudo por melhorar a ligação entre o Plano Piloto e as Regiões Administrativas da saída sul, como Taguatinga, Guará, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo e Samambaia. Além disso, a obra otimizou o fluxo entre o Eixo Monumental e a DF-003 (EPIA – Estrada Parque Indústria e Abastecimento), um dos principais corredores logísticos da capital federal.

Contexto da construção

Na primeira década dos anos 2000, o sistema viário de Brasília entrou em um novo ciclo de modernização. O crescimento populacional nas Regiões Administrativas e a expansão acelerada da frota de veículos sobrecarregaram trechos concebidos para volumes bem menores de tráfego. Muitos desses pontos tornaram-se gargalos críticos, comprometendo a fluidez e a eficiência do trânsito. A área onde foi implantado o viaduto era justamente uma dessas regiões de estrangulamento viário, com congestionamentos frequentes e alto volume de circulação, funcionando como um dos principais acessos às vias de saída sul do Distrito Federal.

Diante desse cenário, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) conduziu a intervenção como parte de um programa mais amplo de modernização da malha viária da capital. A obra teve como objetivos centrais eliminar o antigo gargalo, aprimorar a conexão entre o centro e as regiões administrativas do entorno, reduzir os tempos de deslocamento e integrar, de forma mais eficiente, os sistemas de transporte urbano e de cargas.

Características técnicas

Executado em concreto armado, o viaduto foi projetado com pistas múltiplas e acessos bem sinalizados, o que ampliou significativamente a capacidade de escoamento do tráfego. Desde sua inauguração, passou a exercer papel fundamental nos deslocamentos em direção às principais regiões administrativas do DF, contribuindo também para maior racionalidade no trânsito interno da cidade.

Homenagem a Renato Russo

Em 2016, a estrutura foi oficialmente rebatizada como Viaduto Renato Russo, em homenagem ao cantor e compositor Renato Manfredini Júnior, falecido em 1996. Artista emblemático de Brasília e líder da banda Legião Urbana, Renato Russo tornou-se símbolo da música brasileira contemporânea. A escolha de seu nome para batizar o viaduto buscou não apenas celebrar sua importância cultural, mas também reforçar o vínculo da capital com a arte e a memória afetiva de seus cidadãos. Assim, o Viaduto Renato Russo consolidou-se como marco da modernização viária do DF e, ao mesmo tempo, como elemento simbólico de sua identidade cultural.